O objetivo da campanha é informar e conscientizar a sociedade sobre o câncer colorretal, um dos mais frequentes no país, atingindo todos os anos mais de 40 mil brasileiros. Se descoberto no início, as chances de cura são muito altas.
O câncer colorretal é um tumor maligno que se desenvolve no intestino grosso, isto é, no cólon ou em sua porção final, o reto. Alguns fatores podem aumentar as chances dele se desenvolver: idade acima 50 anos, obesidade, sedentarismo, ingestão de alimentos gordurosos, defumados e/ou industrializados, consumo de carne vermelha e alimentação pobre em fibras.
Por se tratar de uma doença silenciosa, é importante estarmos sempre atentos ao nosso corpo e aos sinais (*) fora do comum que podem surgir, tais como:
– Presença de sangue nas fezes;
– Mudanças no hábito intestinal (diarreia frequente ou constipação);
– Dor ou desconforto abdominal;
– Anemias de repetição;
– Emagrecimento sem motivo;
– Cansaço e indisposição sem razão;
– Alteração na forma das fezes;
– Presença de massa abdominal.
NOTA(*): Esses sintomas podem também aparecer em outras doenças do intestino e reto.
Uma grande parte dos tumores colorretais se inicia a partir de pólipos benignos (um pequeno grupo de células que se forma na mucosa do intestino), lesões pré-cancerígenas, que podem ser identificadas e removidas por meio do exame de colonoscopia (**). Vale ressaltar que o câncer de colorretal é o único capaz de ser tratado na fase pré-cancerosa.
NOTA(**): A colonoscopia é um exame semelhante à endoscopia, em que um cano fino com uma microcâmera na ponta é inserido no ânus do paciente, permitindo a visualização direta da parede do intestino e, se necessário, é feita a remoção e/ou biópsias de pólipos e lesões suspeitas. Em outras palavras, além do diagnóstico, esse procedimento evita a progressão das lesões encontradas para malignidade.
Existem exames não invasivos – como a pesquisa de sangue oculto nas fezes e a retossigmoidoscopia – porém menos sensíveis para a detecção de lesões.
O exame é indicado para todos os homens e mulheres a partir dos 45-50 anos. Caso haja histórico de câncer na família, o rastreio pode começar antes. Lembrando que esse público não precisa apresentar sintomas para passar pela colonoscopia.
A periodicidade com que o paciente deve repetir a colonoscopia ou outros exames depende dos resultados do exame realizado, da sua qualidade e da história genética dos pacientes, mas nenhum exame de prevenção é capaz de permitir um tempo tão prolongado entre um procedimento e outro como a colonoscopia.
Fique atento aos sinais e sintomas da doença e, se perceber algo, consulte um coloproctologista para uma avaliação correta do seu caso. Pratique exercícios físicos regularmente e inclua no cardápio alimentos naturais e não processados, como grãos, frutas, legumes, cereais e verduras, pois auxiliam na prevenção contra o câncer e contribuem para um bom funcionamento do intestino. Além disso, recomenda-se não fumar e evitar o uso de bebidas alcoólicas.