Glaucoma não pode ser evitado, mas pode ser diagnosticado e tratado com sucesso se for descoberto em sua fase inicial.
O glaucoma é uma doença que, normalmente, atinge ambos os olhos e pode levar à cegueira irreversível quando não devidamente diagnosticado e tratado. Apesar de a incidência ser maior em pessoas com idade acima dos 40 anos, ele pode atingir pessoas de qualquer faixa etária.
Um dos principais motivos de cegueira na infância, ocorrendo em 20% dos casos, o glaucoma também é a segunda causa mais frequente de cegueira no mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença atinge 65 milhões de pessoas em todo o mundo e, no Brasil, de 2% a 3% dos indivíduos com mais de 40 anos (cerca de 1 milhão de pessoas), com estimativa de crescimento de mais de 50% nos próximos 5 anos.
O glaucoma se desenvolve, na maioria das vezes, de forma lenta e silenciosa e tem como principal fator o aumento da pressão intraocular (dentro dos olhos), na maioria dos casos detectados. Outros fatores importantes são: histórico familiar de glaucoma, raça negra, miopia elevada, hipertensão arterial, diabetes ou doenças cardíacas, lesões físicas nos olhos ou uso prolongado de medicamentos com corticoide. Pessoas com esse perfil devem estar ainda mais atentas à realização de testes de rotina.
Os sintomas só aparecem na fase mais avançada, quando a pessoa começa a esbarrar nas coisas por causa da perda da visão periférica, ou seja, quando deixa de enxergar bem o que está a sua volta tendo sua visão limitada ao que está a sua frente.
Apesar de ainda não existir a cura para o glaucoma, este pode ser controlado e tratado, principalmente, quando há um diagnóstico precoce para início do tratamento, antes de ocorrerem lesões graves no nervo óptico. Por isso, privilegie manter hábitos saudáveis, evite o uso indiscriminado de colírios com corticoides, que podem causar glaucoma de difícil controle, e consulte um médico oftalmologista regularmente.