Em 1° de dezembro, vários países comemoram o Dia Mundial de Luta contra a Aids com o objetivo de divulgar mensagens de esperança, desconstruir o preconceito contra as pessoas vivendo com HIV/AIDS, conscientizar as pessoas sobre comportamentos seguros de prevenção e incentivar novos compromissos com essa luta.
A Aids é uma doença causada pelo vírus HIV (sigla em inglês para o Vírus da Imunodeficiência Humana) que ataca o sistema imunológico responsável por defender o organismo de doenças. Ela, geralmente, ocorre por contato sexual desprotegido com pessoa contaminada, mas pode também ser transmitida por transfusão sanguínea e compartilhamento de objetos perfurocortantes.
Ser HIV positivo, diferentemente do que muitos pensam, não é o mesmo que ter Aids. A Aids nada mais é que o estágio avançado da doença, quando o sistema imunológico se encontra bem debilitado e surgem as doenças oportunistas (*). Assim sendo, não se morre de Aids, morre-se das complicações geradas pelas doenças oportunistas.
NOTA (*): A tuberculose, a pneumonia por Pneumocystis jirovecii, a candidíase, a criptococose, a toxoplasmose, o citomegalovírus e infecções do complexo Mycobacterium avium estão entre as infecções oportunistas relacionadas ao HIV, geralmente encontradas na prática clínica.
A Aids, apesar de ser uma doença sem cura, não é mais considerada uma sentença de morte imediata. O tempo passou e hoje é possível viver com o HIV. É importante mostrar para a população que não se contrai Aids com um simples aperto de mão ou ao se dar um abraço em um paciente e que uma pessoa com o vírus pode relacionar-se socialmente e trabalhar normalmente.
Atualmente, 75% das pessoas vivem com o vírus conhecem seu estado sorológico. A meta da Organização das Nações Unidas (ONU) é garantir que esse número chegue a 90%, que pelo menos 90% dessas pessoas recebam tratamento e que 90% dos indivíduos, fazendo uso de medicação, tornem-se indetectáveis (estado em que a pessoa não transmite o vírus e consegue manter qualidade de vida sem manifestar os sintomas da Aids). No Brasil, 94% das pessoas em tratamento já são indetectáveis.
Além de ampliar o acesso ao diagnóstico precoce e ações específicas para populações-chave, como pessoas trans, gays e homens que fazem sexo com homens, trabalhadores do sexo, população privada de liberdade e usuários de álcool e outras substâncias, o Sistema Único de Saúde (SUS) ainda coloca à disposição estratégias e tecnologias mais avançadas para prevenir a infecção pelo vírus, como a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) e a Profilaxia Pós Exposição (PEP).