Anualmente, o dia 26 de março ganha a cor roxa ao redor do mundo. É um dia de esforço internacional dedicado ao aumento da conscientização sobre a epilepsia.
A epilepsia é uma alteração temporária e reversível do funcionamento do cérebro, não causada por febre, drogas ou distúrbios metabólicos, e se expressa por crises epilépticas repetidas, mais conhecidas como ‘ataque epiléptico’. Durante alguns segundos ou minutos, há uma perturbação da atividade das células nervosas cerebrais, causando convulsões.
A causa é muitas vezes desconhecida, mas pode ser resultado de um distúrbio genético ou de uma lesão no cérebro adquirida, como uma forte pancada na cabeça, uma infecção (meningite, neurocisticercose), acidente vascular cerebral, entre outras.
A epilepsia é uma das doenças neurológicas crônicas mais comuns
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), acomete cerca de 50 milhões de pessoas no mundo e, aproximadamente, 2% da população brasileira. Os sinais e sintomas incluem fenômenos anormais súbitos e transitórios, percebidos pelo indivíduo ou por uma testemunha. A pessoa pode cair ao chão, apresentar contrações musculares em todo o corpo, morder a língua, apresentar salivação intensa, respiração ofegante e, às vezes, até urinar.
Pode haver, ainda, perda de consciência. Caso ela dure mais do que 30 minutos sem que a pessoa a recupere, pode haver prejuízo das funções cerebrais. Depois de cada episódio, a pessoa pode sentir-se confusa e ter déficits de memória.
Em muitos casos, as crises epiléticas não são previsíveis; e as pessoas precisam de ajuda, principalmente, para não se machucarem durante as convulsões. Elas devem ser deitadas no chão e mantidas afastadas de objetos cortantes e móveis. Sua cabeça deve ser protegida com almofada, travesseiro ou algo macio. Se possível, devem ser retirados colares e óculos. Não se deve jogar água no rosto da pessoa. As crises, em geral, duram cerca de dois minutos, mas podem se estender por até cinco.
Tratamento
O tratamento é feito com medicamentos que evitam as descargas elétricas cerebrais anormais, que são a origem das crises epilépticas. Casos com crises frequentes e incontroláveis são candidatos à intervenção cirúrgica. A epilepsia é uma condição neurológica que repercute em todos os âmbitos da vida das pessoas. A estigmatização, discriminação e preconceitos enfrentados por eles dificultam sua inserção na sociedade, principalmente no que se refere à obtenção e manutenção de empregos e relacionamentos interpessoais. Sabe-se que, com o tratamento médico adequado, a maioria das pessoas com epilepsia (70%) tem evolução favorável, com controle das crises epilépticas e melhora da qualidade de vida.
Epilepsia não pega! Informação pega!