O segundo mês do ano é dedicado à campanha Fevereiro Laranja que tem como objetivo conscientizar as pessoas sobre a leucemia. Extremamente relevante, a campanha vem alertar sobre possíveis sintomas, prevenção, exames e, principalmente, a importância da doação de medula óssea.
Geralmente de origem desconhecida, a leucemia é um tipo de câncer das células do sangue, causando seu crescimento acelerado e anormal. Com isso, as células sanguíneas saudáveis da medula óssea vão sendo substituídas por células anormais cancerosas.
Existem alguns tipos de leucemia e essa classificação baseia-se no crescimento (rápido – aguda; lento – crônica) e também a partir do tipo de célula acometida (linfoides ou mieloides). No Brasil, a estimativa de novos casos é de 11.540, sendo 6.250 homens e 5.290 mulheres (2022 – Instituto Nacional de Câncer – INCA).
Dentre os sinais e sintomas, especialistas alertam para anemia, cansaço e fadiga, queda de imunidade, baixa na contagem de plaquetas, infecção, febre, hematomas e sangramentos espontâneos.
O diagnóstico é feito por meio de exames clínicos, radiológicos, laboratoriais e de medula óssea como mielograma, imunofenotipagem e cariótipo. Diante da suspeita de um quadro de leucemia, o paciente deverá ser referenciado para um hematologista, para avaliação médica específica.
Como todo câncer, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado aumentam as chances de cura. Na maior parte das vezes, os pacientes que desenvolvem leucemia não apresentam nenhum fator de risco conhecido que possa ser modificado. Por isso, a maioria dos casos de leucemia não pode ser evitada. No entanto, o tabagismo se correlaciona com aumento do risco de Leucemia Mieloide Aguda.
O tratamento tem o objetivo de destruir as células leucêmicas para que a medula óssea volte a produzir células normais. De acordo com o tipo de leucemia pode envolver quimioterapia, imunoterapia ou terapia ‘alvo específico’ (inibe apenas o crescimento de células cancerosas). Para alguns casos de alto risco, é indicado o transplante de medula óssea.
No caso de transplante de medula, sempre se investiga a compatibilidade entre membros da família. Se não houver familiar compatível, é preciso buscar um doador nos bancos de medula óssea.
Para ser doador, basta ter entre 18 e 55 anos, apresentar boas condições de saúde, não ter apresentado ou estar em tratamento de câncer, doenças no sangue, no sistema imunológico ou ainda doenças infecciosas e se cadastrar em um hemocentro. Caso o doador seja compatível com algum paciente da lista de espera, ele será convidado a fazer a doação.