Agosto Dourado: Semana Mundial da Amamentação (01 a 07/08)

O mês de agosto é conhecido como Agosto Dourado, por simbolizar a luta pelo incentivo à amamentação. A cor dourada está relacionada ao padrão ouro de qualidade do leite materno, o melhor alimento que um bebê pode ter em termos de fonte de energia, proteína e outros nutrientes, como vitamina A e ferro, além de funcionar como a primeira ‘vacina’ do bebê.

O aleitamento materno já a partir da primeira hora de vida é importante tanto para o bebê, por reduzir a mortalidade neonatal (aquela que acontece até o 28° dia de vida), quanto para a mãe, pois diminui o risco de hemorragia, ao auxiliar nas contrações uterinas. Além disso, fortalece o vínculo afetivo entre mãe e filho.

O leite materno, além de atender às necessidades nutricionais, é de fácil digestão e transfere aos bebês os anticorpos maternos que os protegem contra doenças como diarreia e infecções, principalmente as respiratórias. O risco de asma, diabetes e obesidade é menor em crianças amamentadas, mesmo depois que elas param de mamar. Sendo assim, utilizar substitutos do leite materno, como fórmulas infantis ou leite de outros animais, pode ser um grande risco para a saúde do bebê.

O esforço que o bebê faz para sugar o leite funciona ainda como um excelente exercício para o desenvolvimento da face da criança, contribuindo também para que ela tenha dentes fortes, desenvolva a fala e tenha uma boa respiração.

Os bebês devem ser alimentados somente com leite materno até os seis meses de idade, não sendo necessária a complementação da alimentação com chás, sucos, outros tipos de leite e, nem mesmo, de água (o leite materno já contém a quantidade necessária, mesmo em locais quentes). Após essa idade, a dieta deve ser complementada apropriadamente com alimentos variados, mas amamentação deve continuar até os dois anos de idade ou mais.

A mãe que amamenta precisa de uma maior quantidade de alimentos e líquidos, de modo a suprir suas próprias necessidades e produzir leite em quantidade e qualidade adequadas. Ela deve comer frutas, verduras, carnes, miúdos, legumes, feijão e arroz e ingerir bastante líquido (chás, água, sucos ou leite). Álcool, fumo e outras drogas não devem ser consumidos, bem como, medicamentos sem receita médica.

Quase todas as mães conseguem amamentar com sucesso (a amamentação frequente faz com que a mãe produza mais leite). Para aquelas que têm dificuldade, são fundamentais o apoio e o estímulo do pai da criança, bem como da família e dos amigos. Os pediatras, em função do contato direto com os pais, são uma figura central nesse processo de promoção e apoio ao aleitamento e devem, portanto, ter uma visão ampla sobre o assunto.

A mulher que trabalha fora deve continuar a amamentar. Se não for possível estar com o filho durante as horas de trabalho, ela deve amamentá-lo sempre que estiverem juntos. Se ela não puder amamentá-lo, ele deve ser alimentado com leite materno (retirado duas a três vezes por dia e conservado em um recipiente limpo) ou um substituto.

Em suma, a amamentação é um dos melhores investimentos para salvar vidas infantis e melhorar a saúde coletiva, o desenvolvimento social e econômico dos indivíduos e nações e, portanto, seus benefícios devem ser amplamente divulgados. É um direito de toda mulher e, também, da criança, sendo dever do governo, das instituições e dos empregadores garantir que ela aconteça. Proteger a amamentação: uma responsabilidade compartilhada!!