Setembro é um mês marcado por uma importante campanha de conscientização: o Setembro Verde. Esse período é dedicado à promoção da doação de órgãos e à sensibilização da população sobre a importância desse gesto de solidariedade que pode salvar inúmeras vidas.
A campanha foi criada a partir da Lei 15.463/2014 e tem o dia 27 de setembro como o Dia Nacional da Doação de Órgãos e, desde então, o mês tem sido usado para promover eventos, campanhas educativas e atividades que buscam esclarecer e engajar a população sobre o tema.
O transplante de órgãos, no Brasil, sofreu queda acentuada nos três anos de pandemia de Covid-19, entre março de 2020 e maio de 2023, e ainda não voltou ao patamar anterior. Atualmente, mais de 50 mil pessoas no país estão na Lista Única Nacional aguardando por um transplante para sobreviver e ter mais qualidade de vida. O Estado de São Paulo é o líder da fila de espera, tendo entre 25 e 30 mil pacientes. (ABTO, 2024).
A doação de órgãos é um ato de generosidade e amor ao próximo. Muitas pessoas ao redor do mundo estão em lista de espera para receber um transplante que pode transformar suas vidas, e, infelizmente, a demanda supera a oferta. Com a campanha, busca-se não apenas aumentar o número de doadores, mas também esclarecer dúvidas e desmistificar o processo de doação, principalmente sobre a morte encefálica.
A doação de órgãos ocorre quando uma pessoa decide ou sua família, decidindo em seu nome, que seus órgãos e tecidos possam ser utilizados para ajudar a salvar ou melhorar a vida de outras pessoas após sua morte. Os órgãos mais frequentemente doados incluem coração, rins, fígado, pulmões e pâncreas, mas tecidos como córneas e ossos também são essenciais.
Pode acontecer em vida ou, em caso de morte encefálica, com autorização da família. Por isso, o primeiro passo para ser um doador é expressar o desejo de ser doador. Isso pode ser feito registrando-se no sistema nacional de doadores – www. aedo.org.br – ou informando a seus familiares sobre sua decisão. No Brasil, a vontade de ser doador deve ser comunicada à família, pois, mesmo com um registro, a autorização final é dada pelos familiares após o falecimento.
Em casos de morte encefálica, os médicos fazem uma série de exames para confirmar a possibilidade de doação. A equipe médica especializada avalia a condição dos órgãos e tecidos para garantir que estão viáveis para transplante.
Após a confirmação, a equipe de transplante é acionada para realizar a remoção dos órgãos. Esses órgãos são, então, transportados para os centros de transplante onde serão implantados nos receptores que aguardam por uma nova chance.
A principal razão para apoiar a doação de órgãos é o impacto direto na vida de pessoas que estão enfrentando doenças graves e têm a chance de recuperação por meio de um transplante.
Durante o Setembro Verde, você pode contribuir de várias maneiras: divulgando informações sobre a doação de órgãos aos amigos e familiares; participando de eventos e campanhas locais que promovem a conscientização ou expressando seu desejo de ser doador, registrando-o e conversando com seus entes queridos sobre sua decisão.
Transforme vidas com um SIM – Apoie a doação de órgãos!