A data, celebrada anualmente, tem o objetivo de promover a conscientização sobre o câncer de mama e proporcionar maior acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento, de modo a contribuir para sua detecção precoce e, consequentemente, reduzir a mortalidade pela doença.
O câncer de mama é o tipo que mais acomete mulheres em todo o mundo – cerca de 2,3 milhões de casos novos em 2020, o que representa cerca de 24,5% de todos os tipos de neoplasias diagnosticadas nas mulheres – tanto em países em desenvolvimento quanto em desenvolvidos. É o tipo de câncer mais frequente na mulher brasileira: em 2022, ocorreram 66.280 casos novos (61,61 casos a cada 100 mil mulheres).
Esse tipo de câncer também ocupa a primeira posição em mortalidade por câncer entre as mulheres no Brasil, com taxa de mortalidade ajustada por idade pela população mundial de 14,23 para cada 100 mil mulheres (2019).
Nesta doença ocorre um desenvolvimento anormal das células da mama que se multiplicam repetidamente até formarem um tumor maligno. Os principais sinais e sintomas suspeitos de câncer de mama são:
- caroço (nódulo), geralmente endurecido, fixo e acompanhado ou não de dor (também podem aparecer pequenos nódulos no pescoço ou na região das axilas);
- pele da mama avermelhada ou parecida com casca de laranja;
- alterações no bico do peito (mamilo);
- saída espontânea de líquido de um dos mamilos.
É importante ressaltar que nem todo caroço é um câncer de mama. Daí a importância de sempre se consultar um profissional de saúde.
Não há uma causa única para o câncer de mama. Diversos fatores estão relacionados ao seu desenvolvimento entre as mulheres, como: envelhecimento, determinantes relacionados à vida reprodutiva (uso de contraceptivos hormonais (estrogênio-progesterona), terapia de reposição hormonal (estrogênio-progesterona), por mais de cinco anos), histórico familiar de câncer de mama ou ovário, alteração genética, especialmente nos genes BRCA1 e BRCA2, consumo de álcool, excesso de peso, atividade física insuficiente e exposição à radiação ionizante.
De modo a detectar precocemente a doença, toda mulher com 40 anos ou mais de idade deve procurar anualmente um ambulatório, centro ou posto de saúde para realizar o exame clínico das mamas. Além disso, toda mulher, entre 50 e 69 anos, deve fazer pelo menos uma mamografia a cada dois anos. O serviço de saúde deve ser procurado mesmo na ausência de sintomas!
As mulheres com maior risco de ter o câncer de mama devem tomar cuidados especiais, fazendo, a partir dos 35 anos de idade, o exame clínico das mamas e a mamografia, uma vez por ano.
O exame clínico das mamas é realizado por médico ou enfermeiro treinado para essa atividade. Nele, poderão ser identificadas alterações. É importante destacar que o autoexame das mamas, realizado pela própria mulher, ajuda no conhecimento do próprio corpo, mas não substitui o exame realizado por um profissional de saúde treinado. Caso a mulher observe alguma alteração, deve procurar imediatamente o serviço de saúde mais próximo de sua residência.
Se necessário, será indicado um exame mais específico, como a mamografia. A mamografia ou raio X da mama permite descobrir o câncer quando o tumor ainda é bem pequeno.
Ter uma alimentação saudável e equilibrada, com frutas, legumes e verduras, praticar atividades físicas e não fumar podem ajudar na prevenção de várias doenças, inclusive do câncer.