O mês de novembro foi escolhido para celebrar o combate ao câncer Infantojuvenil, com o dia 23 marcado como o Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil. A cor dourada representa o valor inestimável das crianças. Instituída pelo Ministério da Saúde, essa campanha visa estimular ações educativas e preventivas, fomentar debates e outros eventos sobre o tema, apoiar atividades da sociedade civil, divulgar avanços técnico-científicos e oferecer suporte às crianças com câncer e suas famílias.

O câncer infantojuvenil abrange um grupo de doenças caracterizadas pela proliferação descontrolada de células anormais, podendo ocorrer em qualquer parte do organismo. É relativamente raro, representando cerca de 1% dos diagnósticos de câncer. Os tumores mais comuns em crianças e adolescentes incluem leucemias (afetam os glóbulos brancos), tumores do sistema nervoso central e linfomas (sistema linfático).

Outros tipos frequentes são neuroblastoma (tumor do sistema nervoso periférico), tumor de Wilms (renal), retinoblastoma (retina), tumor germinativo (células precursoras de ovários ou testículos), osteossarcoma (ósseo) e sarcomas (partes moles).

No Brasil, assim como em outros países desenvolvidos, o câncer é a principal causa de morte por doença entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos, correspondendo a 8% das mortes nessa faixa etária (Ministério da Saúde, 2023).

Embora as causas exatas do câncer infantojuvenil não sejam totalmente conhecidas, fatores de risco incluem anomalias genéticas, exposição a radiações ionizantes e a certos produtos químicos, embora esses dados sejam limitados.

Reconhecer o câncer infantil em estágio inicial pode ser difícil, pois seus primeiros sinais podem ser confundidos com doenças comuns da infância. A mobilização das famílias e da sociedade é essencial para conscientização sobre os sinais e sintomas. Além das consultas regulares ao pediatra, os pais devem observar sintomas persistentes, como: nódulos, palidez, falta de energia, hematomas inexplicáveis, sangramentos frequentes, dor localizada, febre sem causa aparente, aumento abdominal, dores de cabeça frequentes, alterações na visão, perda rápida de peso, entre outros.

Nas últimas quatro décadas, o avanço no tratamento do câncer em crianças e adolescentes foi expressivo. Hoje, cerca de 80% dos casos podem ser curados com diagnóstico precoce e tratamento em centros especializados, garantindo boa qualidade de vida após o tratamento (Unifesp, 2022).

“Prevenir é cuidar: fique atento aos sinais!”