Novembro Azul: Conscientização Sobre o Câncer De Próstata

A campanha Novembro Azul é uma iniciativa global dedicada à conscientização sobre a saúde do homem, com ênfase especial na prevenção e no diagnóstico precoce do câncer de próstata — o tipo mais comum entre os homens, depois do câncer de pele não melanoma.

História e Origem

O movimento teve início em 2003, na Austrália, com o nome Movember (junção de “moustache” – bigode – e “November” – novembro), quando um grupo de amigos deixou o bigode crescer para chamar atenção para a saúde masculina. No Brasil, o Novembro Azul ganhou força a partir de 2008, impulsionado pelo Instituto Lado a Lado pela Vida, tornando-se uma das maiores campanhas de saúde masculina do país.

Câncer de Próstata

A próstata é uma glândula do sistema reprodutor masculino, localizada abaixo da bexiga e responsável por produzir parte do sêmen. O câncer de próstata ocorre quando células da próstata se multiplicam de forma desordenada, formando tumores. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), é o segundo tipo de câncer mais comum entre os homens brasileiros, representando cerca de 29% dos diagnósticos da doença no país.

Sinais e Sintomas

Na fase inicial, o câncer de próstata costuma ser assintomático. Quando os sintomas aparecem, podem incluir:

  • dificuldade para urinar;
  • jato urinário fraco ou interrompido;
  • necessidade de urinar com frequência, especialmente à noite;
  • sangue na urina ou no sêmen;
  • dor óssea (em casos mais avançados, com metástase).

Esses sintomas não são exclusivos do câncer e podem estar relacionados também a doenças benignas da próstata, como a hiperplasia prostática benigna.

Fatores de Risco

Alguns homens possuem maior risco de desenvolver câncer de próstata devido a características individuais, hereditárias ou ambientais. Entender os fatores de risco permite que homens com maior probabilidade de desenvolver a doença realizem acompanhamento médico mais frequente e precoce, com rastreamento personalizado (exames de PSA e toque retal antes dos 50 anos, se necessário). Os principais fatores de risco são:

  • Idade: O risco aumenta significativamente com a idade. A maioria dos casos ocorre em homens com mais de 65 anos, sendo raro antes dos 40 anos.
  • Histórico Familiar: Ter pai, avô ou irmão com câncer de próstata aumenta de 2 a 3 vezes o risco. Quando mais de um parente foi diagnosticado ou o diagnóstico ocorreu antes dos 60 anos, o risco é ainda maior. Pode estar associado a mutações genéticas herdadas (como BRCA1 e BRCA2, também ligadas ao câncer de mama).
  • Etnia/Raça: Homens negros têm risco mais elevado de desenvolver câncer de próstata e maior chance de evolução agressiva da doença. Homens brancos têm risco intermediário, e homens asiáticos tendem a ter menor incidência.
  • Alimentação e Estilo de Vida: Dietas ricas em gorduras saturadas, carnes vermelhas e produtos industrializados podem contribuir para o desenvolvimento do câncer. O sedentarismo, obesidade e consumo excessivo de álcool também estão associados a maior risco.
  • Alterações Hormonais: Níveis elevados de testosterona podem influenciar o crescimento das células prostáticas e estão sendo estudados como possível fator de risco.

Diagnóstico

O diagnóstico é feito por meio de:

  • Toque retal: Permite ao médico avaliar o tamanho, forma e textura da próstata.
  • Exame de PSA (antígeno prostático específico): Exame de sangue que mede a proteína produzida pela próstata. Níveis elevados podem indicar alterações.

Caso haja suspeita, outros exames complementares podem ser realizados, como ultrassonografia transretal, biópsia prostática e ressonância magnética.

Tratamento

O tratamento depende do estágio da doença, idade do paciente e seu estado geral de saúde. Pode incluir:

  • Vigilância ativa (em casos de câncer de crescimento lento);
  • Cirurgia (prostatectomia radical);
  • Radioterapia;
  • Terapia hormonal;
  • Quimioterapia (em casos mais avançados ou resistentes à hormonioterapia).

Prevenção e Cuidados

Embora não seja possível prevenir totalmente o câncer de próstata, algumas medidas podem reduzir o risco e ajudar na detecção precoce, como:

  • manter uma alimentação saudável, rica em frutas, vegetais e fibras;
  • evitar o consumo excessivo de gorduras e carnes processadas;
  • praticar atividades físicas regularmente;
  • evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool;
  • realizar consultas regulares com o urologista a partir dos 50 anos (ou 45, em caso de histórico familiar ou fatores de risco).

Toque não é tabu, é atitude. Cuide-se!


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