Dezembro Vermelho é sempre lembrado pela força da campanha de conscientização da luta contra o vírus do HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana) e outras infecções sexualmente transmissíveis, que envolve uma série de atividades voltadas a ações de prevenção, assistência e proteção dos direitos das pessoas infectadas.
É importante entender a diferença entre HIV e AIDS (Síndrome de Imunodeficiência Adquirida). O HIV é o vírus que invade o organismo e tem a capacidade de mudar o DNA das células de defesa e se replicar atingindo outras células sadia e, quando não detectado e tratado, pode levar ao desenvolvimento da AIDS, que se trata de uma condição avançada causada pela infeção desse vírus.
Uma pessoa pode viver muito tempo com o vírus HIV sem desenvolver a AIDS, porém a falta de tratamento acaba enfraquecendo o sistema imunológico, propiciando o desenvolvimento da doença.
Como ocorre a transmissão
A transmissão pode ocorrer por meio de relação sexual desprotegida, compartilhamento de seringas contaminadas e transmissão vertical (de mãe para filho durante a gravidez e amamentação).
Após a contaminação, na primeira fase, chamada de infecção aguda, ocorre a incubação do HIV e leva de 3 a 6 semanas; e os primeiros sintomas são bem parecidos com os de uma gripe e podem passar despercebidos muito facilmente.
Após esse período, o corpo pode ficar por muitos anos assintomático, porém, com os frequentes ataques do vírus, o sistema imunológico vai ficando enfraquecido e as doenças oportunistas acabam se manifestando, dando início à fase mais avançada da doença.
Tratamento
O tratamento é composto por medicamentos que impedem a replicação do vírus dentro das células, conhecido como coquetel.
A prevenção deve ser feita com o uso combinado de preservativo masculino e feminino, conscientização da realização de sexo seguro e a testagem do vírus HIV.
Como profilaxia contra o risco de contaminação do vírus HIV, existe a PrEP-profilaxia pré-exposição, que é a combinação de dois medicamentos que devem ser tomados antes da relação sexual. A pessoa em PrEP deve estar em acompanhamento médico regular, com testagem para o HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis.
Ainda temos à disposição a PEP-profilaxia pós-exposição. Trata-se de uma medida de emergência e, nesse caso, deve-se tomar a medicação após o risco de contaminação, que pode ser desde uma violência sexual, uma relação sexual desprotegida ou mesmo um acidente de trabalho com material biológico.
A realização de exames periódicos é determinante para aumentar a expectativa de vida de pessoas contaminadas e evitar a transmissão do vírus. Os profissionais da área da saúde, sobretudo os médicos, têm um papel importante na orientação de seus pacientes.
Falar sobre HIV/AIDS talvez seja a profilaxia mais importante. Além de diminuir o estigma que envolve a doença, melhora o acolhimento e apoio às pessoas soropositivas e permite uma ampla divulgação das formas de contágio que envolvem a doença.