O 16 de setembro é conhecido como o Dia Mundial de Conscientização sobre a Trombose. Instituída pelo Congresso Nacional, a data visa chamar a atenção da população para os riscos e a prevenção da trombose, causa importante de mortalidade no mundo todo.
A trombose é uma doença que se caracteriza pela formação de trombos, também conhecidos como coágulos, em locais em que não houve um sangramento para desencadear tal acontecimento. Esses coágulos bloqueiam o retorno do fluxo sanguíneo e causa edema e dor na região afetada. Geralmente, a trombose se manifesta nos membros inferiores, porém, a patologia também pode aparecer no cérebro, no fígado, nas artérias coronárias e nos pulmões.
Pode ser absolutamente assintomática, mas, quando presente, os principais sintomas são: dor, calor, vermelhidão, rigidez na musculatura na região em que se formou o trombo, aumento da temperatura da perna com dor, tosse com sangue, respiração curta e rápida e palpitações.
Os fatores de risco para trombose são variados e podem ser classificados em:
- fatores genéticos – trombofilia hereditária ou síndrome de anticorpos antifosfolípides;
- adquiridos – imobilização prolongada, cirurgias e procedimentos médicos, câncer, obesidade, gravidez e pós-parto, uso de contraceptivos hormonais e terapia de reposição hormonal e doenças crônicas;
- circunstanciais – idade avançada, histórico familiar, tabagismo, sedentarismo. Condições inflamatórias e infecções graves podem aumentar o risco, assim como algumas condições de saúde específicas.
Compreender esses fatores é crucial para a prevenção e manejo da doença. O diagnóstico de trombose, em um primeiro momento, é clínico. Exames laboratoriais como o dímero-D e de imagem, como a ultrassonografia de membros inferiores, também auxiliam no diagnóstico.
O tratamento varia de acordo com o tipo e a gravidade da condição, a saúde geral do paciente e a presença de fatores de risco. Seu objetivo principal é prevenir o crescimento do coágulo existente, evitar novas formações e reduzir o risco de complicações graves, como embolia pulmonar. Pode ser realizado com uso de medicamentos anticoagulantes, terapia de compressão, remoção do coágulo, cateter de filtro e mesmo cirurgia.
Pessoas que possuem histórico familiar de trombose devem ficar atentas ao aparecimento dos sintomas, de modo que o diagnóstico seja precoce, o tratamento prontamente iniciado e complicações sejam evitadas.
Evitar o tabagismo e o consumo excessivo de bebidas alcóolicas, a realização de atividade física regular, dieta e hidratação balanceada, a manutenção do peso corporal e cuidados pontuais em situações como viagens prolongadas e pós-cirúrgicas também auxiliam na prevenção desta patologia.
Em resumo, a prevenção e o tratamento eficaz da trombose exigem uma abordagem abrangente, que inclui a identificação de fatores de risco, a adoção de um estilo de vida saudável e o uso apropriado de intervenções médicas. Com conscientização e cuidados adequados, podemos reduzir, significativamente, o impacto dessa condição e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.