Instituído pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o Dia Mundial da Alergia é celebrado em 8 de julho. Essa data serve para alertar a população sobre a importância do tratamento das alergias, visto que, em certos casos, elas podem provocar a morte. Essa condição faz com que o sistema imunológico reaja de forma exagerada (hipersensibilidade) a substâncias externas (alérgenos). A predisposição a alergias é genética. Elas vão se manifestar ou não ao longo da vida dependendo de vários fatores, tais como, o ambiente e os hábitos de vida.
No Brasil, estima-se que, aproximadamente, 30% da população tenha algum tipo de manifestação de alergia. As alergias mais comuns são as alimentares e as respiratórias (pólens, ácaros, fungos, pelos de animais). Nos adultos, as alergias alimentares são mais frequentes no consumo de peixes, mariscos e certas frutas. Nas crianças, as alergias alimentares mais comuns são as proteínas do leite de vaca, mariscos e ovos.
As alergias alimentares manifestam-se com coceira e inchaços nos lábios, vômitos, diarreia, pele irritadiça e rouquidão. As alergias respiratórias provocam espirros, falta de ar, coriza, tosse, coceira nos olhos e dores de cabeça. Já as alergias a medicamentos (anti-inflamatórios, analgésicos – aspirina, dipirona, ibuprofeno, diclofenaco – e antibióticos, principalmente, as penicilinas) podem provocar náusea, vômitos ou dificuldades respiratórias.
NOTA: Algumas pessoas, quando expostas a certas substâncias, além de manifestar reações locais, podem ter essa reação aumentada e que pode espalhar-se por todo o organismo, levando a um quadro grave de reação alérgica denominado choque anafilático (inchaço na glote e fechamento dos brônquios, que fazem parte do sistema respiratório).
Em geral, essas reações mais graves tendem a ocorrer cerca de quinze minutos após a exposição à substância, a depender do local e da quantidade. O paciente deve ser levado imediatamente para um serviço de saúde de emergência, onde receberá o tratamento especializado. Quando manifestadas mais tardiamente, cerca de quatro a oito horas após a exposição, tendem a ser menos graves e limitam-se a sintomas mais locais.
NOTA: No atual momento de pandemia da Covid-19, alergias respiratórias podem se confundir com sintomas da doença provocada pelo SARS-COV-2 (coriza, congestão nasal, dor/irritação na garganta ou tosse). Por isso, quem tem alergia respiratória deve estar com o tratamento preventivo (imunoterapia por via subcutânea ou oral) e imunizações (especialmente para a gripe) em dia.
Qualquer vacina pode desencadear reações alérgicas, tanto pelo componente da vacina, como por alguma das substâncias utilizadas para estabilizá-la. No entanto, os casos são raros e não constituem contraindicação para a vacinação em massa da população.
O diagnóstico das alergias é feito, na maioria dos casos, por meio de relatos e observações do próprio paciente (em geral, a descoberta acontece após um primeiro evento de reação alérgica). Os especialistas recomendam que, diante das primeiras manifestações, as pessoas procurem atendimento médico para que sejam investigadas as causas.
NOTA: De modo a que seu problema seja resolvido mais rapidamente e que os demais pontos da rede de atendimento não fiquem congestionados desnecessariamente, não se recomenda a procura por um especialista (alergologista, imunologista) sem antes buscar auxílio na atenção primária à saúde (APS).
Os profissionais da APS estão qualificados para realizar o manejo dos sinais e sintomas de alergia. Nestes casos, os usuários devem buscar atendimento nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e, somente se necessário, serão encaminhados para serviços especializados.
A utilização de testes de sensibilidade, avaliação da função pulmonar, exames de sangue, entre outros, geralmente são reservados aos casos em que há um comprometimento funcional maior na vida do paciente ou até mesmo quando há risco de vida relacionado às alergias.
Quando identificada, o tratamento é feito em duas etapas: na crise, com antialérgicos e, dependendo da gravidade, corticoides, broncodilatadores e até adrenalina. Em seguida, é importante excluir/evitar sempre que possível o contato com o agente desencadeador, como alimento ou remédio e no caso das alergias respiratórias, por meio do controle ambiental, principalmente no quarto de dormir (*). Quem tem rinite alérgica não deve permanecer no mesmo ambiente quando há pessoas fumando. Além disso, a adoção de hábitos saudáveis desde a infância, como a amamentação com leite materno pelos bebês, além de alimentação balanceada, atividades físicas e contato com a natureza ao longo da vida devem ser incentivadas.
(*) Através do uso de capas antialérgicas no colchão e travesseiros e da retirada de tapetes e carpetes. Cortinas de pano também devem ser evitadas. É igualmente importante deixar o ambiente arejado e ensolarado. Em relação aos animais de estimação, recomenda-se que não entrem nos quartos e recebam banhos frequentes.
Para a limpeza geral podem ser usados produtos com bases de ingredientes vegetais, que além de não poluir o ambiente, possuem poderoso ativos que, além do cheiro delicioso e natural, limpam e deixam a família em segurança. Procurar por produtos com essa base é uma boa alternativa.
O ideal para evitar alergias é checar se os produtos são livres de corantes, fragrâncias artificiais e substâncias irritativas como álcool, compostos fenólicos e LSS (lauril sulfato de sódio).
No caso de pessoas com reação alérgica grave já conhecida, é importante que essa informação seja colocada no documento de identidade, no caso de haver uma reação grave, que impeça a comunicação!!
Referências:
http://blog.saude.mg.gov.br/2021/07/07/8-de-julho-dia-mundial-da-alergia/
https://www.fbh.com.br/dia-mundial-da-alergia-especialista-da-dicas-para-evitar-alergias-na-pele/
https://www.gov.br/saude
https://www.calendarr.com/portugal/dia-mundial-da-alergia/
https://www.businessinhealthconsultoria.com/