O Dia Mundial da Saúde Mental é lembrado todos os anos com o objetivo de aumentar a conscientização sobre o problema em todo o mundo e mobilizar esforços para apoiar aqueles que enfrentam transtornos mentais.
Saúde mental, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), é um estado de bem-estar no qual o indivíduo é capaz de usar suas próprias habilidades, recuperar-se do estresse rotineiro, ser produtivo e contribuir com a sua comunidade. Ele se se sente satisfeito com a vida que tem e sabe lidar melhor com as dificuldades. Entende que os desafios e as coisas ruins fazem parte da história de cada um.
Doenças mentais afetam a todos, independentemente de faixa etária, do nível de escolaridade, da etnia ou o do nível de renda. Existem vários distúrbios categorizados dentro desse conceito, tais como: depressão, ansiedade, estresse, dependência de álcool e outras drogas ou perturbações psicóticas, como a esquizofrenia. Ao reconhecer essas questões, é possível entender por que elas apareceram e encontrar alternativas para solucioná-las.
Existe, aproximadamente, 1 bilhão de pessoas portadoras de transtornos mentais no mundo. O Brasil tem cerca de 19 milhões sofrendo de depressão e ansiedade. No entanto, grande parte dos pacientes não tem acesso ao tratamento adequado e a programas de acolhimento, o que pode levar ao agravamento do quadro.
Alguns sinais e sintomas de que a mente não está bem são: dores de cabeça, dores musculares, palpitações, problemas estomacais, nervosismo, enjoo, insônia, sensação de aperto no peito, falta de ar, cansaço, boca seca, tremores, problemas de memória, tonteira, falta de concentração, refluxo, impotência, azia, desregulação do ciclo menstrual, aumento do apetite e/ou manchas no corpo, alteração no sono, nas relações, nas atividades escolares e laborais etc.
Para ter uma boa saúde mental, o indivíduo deve tentar alcançar o equilíbrio entre os estados psicológico, social e emocional, de modo a sentir-se bem consigo e com os outros. Para atingir esse equilíbrio, é importante:
- Colocar-se em primeiro lugar – Quem tem autoestima baixa tende a sofrer mais devido ao sentimento de culpa e aos pensamentos negativos. Sendo assim, é importante se amar, confiar em si mesmo e priorizar as suas necessidades. Consagre um tempo a você. Ao estar bem, você se dedica mais aos seus projetos pessoais e pode ajudar a quem precisa;
- Ter uma vida saudável – Adote uma alimentação rica e equilibrada e faça exercícios físicos com frequência. Uma comida cheia de nutrientes e vitaminas além de auxiliar nas funções cerebrais, como cognição e memória, contribui com a produção de hormônios positivos, que equilibram o humor e o sono e aumentam a sensação de bem-estar. A prática de exercícios ajuda a evitar doenças e libera hormônios que aumentam a sensação de prazer e bem-estar. Escolha uma atividade ou esporte que lhe traga prazer e pratique-o ao menos três vezes por semana;
- Adquirir novas habilidades – Ler bons livros, aprender a tocar um instrumento ou fazer um tipo de artesanato são exemplos de atividades que além de estimular o cérebro, dão prazer;
- Aceitar-se como é – Cobre-se menos. Todos têm defeitos e qualidades. Analise o que gosta em você e o que acha ruim. Em seguida, aceite-se. Essa tarefa pode ser difícil, mas precisa ser colocada em prática. O que importa, além de aceitar a sua verdade, é aproveitar mais a vida, superar a autodepreciação e melhorar a sua qualidade de vida;
- Ter um sono de qualidade – O sono interfere muito na qualidade de vida. Quem dorme mal, além do aumento do estresse, tende a ficar doente mais vezes por baixa da imunidade. Tente, por exemplo, acordar sem horário para se sentir com a energia recarregada. Essa é uma forma do seu próprio organismo regular o melhor momento de acordar;
- Buscar ajuda – Quando sua saúde mental não estiver da maneira que você gostaria, procure um profissional de sua confiança e solicite atendimento. Transtornos mentais são doenças que merecem ser investigadas e tratadas da maneira adequada!
Os motivos para ignorar os avisos da mente, e consequentes avisos do corpo, costumam ser a falta de conhecimento, vergonha de ter um transtorno mental ou de fazer terapia, medo da rejeição e das críticas alheias, receio da repressão da família ou atribuição do mal-estar mental a elementos externos.
As perturbações de natureza mental e os transtornos mentais, independentemente de sua gravidade, são hoje uma das doenças mais incapacitantes do século XXI. A depressão, por exemplo, é uma das doenças que mais tem relação com fatores de risco de suicídio.